Estudos apontam: cerca de 80% das demissões no mundo corporativo são causadas por problemas comportamentais e pela falta de inteligência emocional. Fique de olho nas suas emoções!
A inteligência emocional está sendo cada vez mais ponderada pelas organizações no momento de uma contratação e demissão. Mais do que a capacidade técnica dos profissionais, há uma demanda crescente por qualidades comportamentais. Afinal, já é de conhecimento geral, por experiências próprias, que problemas de relacionamento podem levar a improdutividade dentro de uma companhia.
Em um momento em que as pessoas ainda jovens têm acesso a capacitação técnica avançada como MBA, doutorado, especialização, há também um caso clássico de falta de embasamento emocional, ou seja, falta de experiência de vida. “Hoje, as empresas e instituições de ensino estão começando a trazer cursos de formação de valores e conduta para nortear estas pessoas, que muito cedo buscam qualificações sofisticadas, mas que na verdade quando colocadas em cena têm dificuldade de interagir e colocar em prática inclusive o lado técnico por uma limitação emocional”, defende a consultora especializada em coaching, Waleska Farias.
De acordo com a profissional, cerca de 80% das demissões de pessoas atendidas por ela em coaching, são causadas por problemas comportamentais - tanto de gestores quanto de colaboradores. A dificuldade das pessoas de lidar umas com as outras, flexibilizar, baixa resiliência, dificuldade de receber feedback e de aceitar um ponto de vista diferente, acaba gerando conflito no ambiente de trabalho. Para combater estes problemas organizacionais, a melhor saída é “orientação para que as pessoas se autodesenvolvam. Isso se refere a autoconhecimento, autogestão dos seus sentimentos e emoções, a própria automotivação – autonomia para você ser dependente para traçar a sua meta de vida e os seus objetivos de carreira”, orienta Waleska.
Informações do artigo “O valor da inteligência emocional nas organizações inteligentes”, do autor Marco Antonio Lampoglia, diretor da Active e consultor especialista em mudanças do comportamento humano e organizacional apontam que nos últimos cinco anos, o investimento das organizações no treinamento e desenvolvimento dos profissionais em Inteligência Emocional cresceu na ordem de 48%. “As empresas que têm um RH forte e estratégico estão influenciando as lideranças na percepção de que podemos lidar com as emoções, assim como lidamos com a matemática e a física”, defende o estudioso em seu artigo.
Lampoglia aponta que existem cinco competências principais para o desenvolvimento da inteligência emocional. São elas:
- Autopercepção - capacidade da pessoa conhecer a si própria, em termos de seus comportamentos frente às situações de sua vida social e profissional, além do relacionamento consigo mesmo.
- Autocontrole - capacidade de gerir as próprias emoções, seu estado de espírito e seu bom humor.
- Automotivação - capacidade de motivar a si mesmo e realizar as tarefas e ações necessárias para alcançar seus objetivos, independente das circunstâncias.
- Empatia - habilidade de comunicação interpessoal de forma espontânea e não verbal, e de harmonizar-se com as pessoas.
- Práticas sociais - capacidade de relacionamento interpessoal e de trabalho em equipe.
Garantir o equilíbrio emocional e o desenvolvimento requer, portanto, um reconhecimento das emoções em si mesmo e nos outros, seguido de uma compreensão das emoções. Isto permitirá que você controle as emoções e as use em favor de seus próprios objetivos.
Bibliografia: O Valor da Inteligência Emocional nas Organizações Inteligentes. Publicado em 18-10-2010 por HSM.com.br
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