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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A nova onda: Logística Reversa


Com o crescente volume de negócios em escala mundial e a imensa quantidade de produtos transportados diariamente, aumenta também a quantidade de lixo gerado e de materiais que precisam ser mandados de volta à sua origem. Esse tráfego de produtos no sentido contrário da cadeia de produção normal (dos clientes em direção às indústrias) precisa ser tratado adequadamente, para evitar trabalho e custos extras.

logística reversa é a área responsável por este fluxo reverso de produtos, seja qual for o motivo: reciclagem, reuso, recall, devoluções, etc. A importância deste processo reside em dois extremos: em um, as regulamentações, que exigem o tratamento de alguns produtos após seu uso (como as embalagens de agrotóxicos ou baterias de celulares); na outra ponta, a possibilidade de agregar valor ao que seria lixo. Veremos mais detalhes ao longo deste artigo.
Com o aumento das pressões da sociedade para produtos e processos ecologicamente corretos, a reciclagem ganha força e a logística reversa é um dos principais motores deste movimento. Além de contribuir legitimamente para a redução dos impactos ao meio ambiente há um ganho de imagem para a empresa que o faz. Há exemplos de reciclagem que já são práticas comuns: latas de alumínio, garrafas pet, papel, dentre outros itens de pós-consumo.
Há também a reutilização, notadamente com as sobras industriais, partes de equipamentos e sucatas em geral. No entanto, existe também o fluxo de produtos do consumidor de volta ao vendedor por iniciativa do usuário: quando ele não está satisfeito com uma compra, ele devolve o produto (bastante comum no comércio eletrônico ou erro de escolha do produto em lojas físicas).
De maneira geral, três fatores estimulam o retorno de produtos: (1) consciência cada vez maior da população para a necessidade de reciclar e de se preocupar com o meio ambiente; (2) melhores tecnologias capazes de reaproveitar componentes e aumentar a reciclagem; (3) questões legais, quando a legislação obriga que as empresas recolham e dêem destino apropriado aos produtos após o uso.

Do ponto de vista das empresas, alguns cuidados precisam ser tomados. Nos locais de armazenagem, faz-se necessário estruturar sistemas capazes de lidar com estes volumes crescentes (e dificilmente previsíveis). Além disso, assim como a logística tradicional, a logística reversa tem como um dos principais componentes os sistemas de transporte. É necessário que os sistemas de roteamento sejam capazes de solucionar os complexos problemas de entregas e coletas simultaneamente, levando em conta, dentre outras restrições, as capacidades dos caminhões e os intervalos de tempo (este problema é chamado tecnicamente de pickup and delivery routing problem).
Identificar as melhores estruturas de transporte capazes de recolher estes produtos, normalmente muito dispersos nos centros de consumo, e levá-los de volta às fábricas ou centros de tratamento é um grande desafio que precisa ser corretamente modelado. As práticas neste recente segmento ainda não estão consolidadas, e há espaço para diversas inovações.
Portanto, faz-se necessário planejar estrategicamente os sistemas internos (gerenciamento de estoques, sistemas de informação, espaço físico) e externos (transporte e relacionamento com clientes), a fim de aproveitar este novo mercado, atraindo e fidelizando clientes com mais uma opção de serviço pós-venda.

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