Ela é pioneira no segmento de logística e está no mercado há mais de 16 anos. Sabe de quem estamos falando? Da Revista Tecnologística, que junto com a Tecnologística Online, conquistou a posição de uma das publicações mais respeitadas do setor, se tornando referência e fonte de consulta para todo o mercado.
E como a Abrange não perde nenhuma oportunidade, resolvemos conversar com Shirley Simão, a editora e diretora responsável pela revista. Nossa assessora de imprensa, Lia Cassano de Castro, conseguiu tirar algumas informações muito interessantes dessa jornalista.
Shirley Simão Foto: site Today Logistics e Supply chain |
Lia Castro: Há quanto tempo você trabalha em revista especializada no setor de logística?
Shirley: Desde que fundei a Revista Tecnologistica, no começo de 1994.
LC: Como entrou nesse ramo?
S: No começo de minha carreira trabalhei em uma editora que por coincidência me proporcionou fazer contato e atendimento a clientes da área de movimentação de materiais. Fui funcionária dessa empresa de Janeiro/1975 a meados de 1980, quando criei minha própria empresa para prestar serviços à mesma empresa que eu trabalhava e a alguns clientes que amealhei nesse tempo, bem como serviços editoriais para outras pequenas editoras. A maioria dos meus clientes era do segmento de movimentação de materiais o que me deu o conhecimento necessário para perceber quais eram as tendências e as necessidades desse mercado que estava se transformando de áreas estanques de armazenagem, transporte e movimentação para Logística.
LC: Qual foi a matéria mais surpreendente que você já fez sobre essa área?
S: Surpreendente foram muitas, mas uma que me marcou foi a entrevista que fiz no segundo
número da revista com o Prof. Danald Bowersox. Ele era (e possivelmente ainda é) o principal nome acadêmico em logística do mundo e só falava inglês. Eu estava começando, aprendendo sobre o assunto e então foi muito marcante, porque ele foi receptivo e consegui informações que foram de grande valor para nossos leitores, normalmente tão ávidos de conhecimento.
LC : Como você vê o mercado logístico atualmente?
S: Com muito otimismo. Apesar de toda evolução desses quase 20 anos, a curva de crescimento ainda é ascendente. Fizemos muito, nossas empresas estão bem, mas há muito o que fazer ainda, em termos de novos negócios. Basta analisarmos o mercado de empilhadeiras...o Brasil consome hoje pouco mais de 20.000 equipamentos por ano, para uma população de cerca de 200 milhões de habitantes. Os EEUU consomem historicamente 200.000 equipamentos por ano, para uma população de cerca de 300 milhões de habitantes. E isso você pode projetar para os demais equipamentos da cadeia e principalmente para o setor de serviços. Ainda há muito o que terceirizar no País e uma grande oportunidade para os prestadores de serviços logísticos do Brasil.
LC: O que as empresas precisam ter para se destacar?
S: Penso que um conjunto de fatores. Qualidade dos produtos e serviços ofertados, mas, antes de tudo, a postura ética e a preocupação social e ambiental da empresa, e claro : serviço ao cliente. Minha percepção é que cada vez mais as empresas estão valorizando o relacionamento. O atendimento pós venda e a solução de problemas podem fazer toda a diferença na manutenção do cliente. Então, esse é um fator importante porque a reconquista de um cliente tem um custo muito mais alto do que a conquista.
LC: Qual é a importância da participação de empresas como a Abrange na mídia setorizada, como vocês?
S: É muito importante, para todos os envolvidos. Na verdade é como uma corrente, onde a força do todo é proporcional à força de cada elo. A receita publicitária e a venda de exemplares trazem ao veículo a independência financeira que permite a isenção jornalística e o investimento em matérias de alto nível que acaba atraindo também leitores de alto nível. No caso de uma revista técnica de um segmento como o nosso, esse fator tem um peso ainda maior, porque é um setor em desenvolvimento, não maduro ainda e, portanto, mais suscetível às informações recebidas. A função de um veículo técnico é informar, mas em certos a revista cumpre também o papel de formação, difundindo e complementando o conhecimento dos profissionais que cursam as diversas escolas que temos na área. Mas o mais importante é que alem de toda essa função, quase que social, ou talvez por causa dela, a revista ganha um status junto ao público leitor que a torna o veículo ideal para a mensagem das empresas interessadas no segmento. A veiculação de um noticia, um case ou um anúncio se benefícia de todo esse status conquistado junto ao público leitor, o que acaba se revertendo também em novos negócios para o anunciante e ajudando a fortalecer ainda mais os elos da cadeia.
LC: Nos últimos 20 anos você registrou em sua revista a evolução da logística no Brasil. Há 20 anos a Abrange também iniciava suas atividades. Qual foi a importância da Abrange para o setor e qual deve ser o seu papel para o cenário econômico atual?
S: A Abrange soube tirar proveito da evolução do mercado, haja vista que emprega hoje quase 2.000 funcionários tendo em sua carteira de clientes as mais representativas empresas de seus setores. Penso que ela deve se aproveitar dessa posição conquistada para expandir ainda mais e investir para se manter atualizada em novas tecnologias e capital humano, sem esquecer o fortalecimento da marca, que é o diferencial de perenização de qualquer empresa.
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