Atualmente, o cenário positivo tem estimulado as empresas a buscarem operadores logísticos especializados como forma de atender o crescimento interno da economia.
Você sabia que o Brasil é o maior mercado da América Latina? Pois é! Em razão disso, todos os gigantes internacionais, de todos os setores estão de olho na economia brasileira, que deve crescer entre 7 a 8% em 2010. A Abrange Logística, diante desse cenário positivo, há mais de 20 anos no mercado, assume um papel de destaque a nível nacional.
As jornalistas Lia de Castro e Vanessa Peres, da De Castro Assessoria de Imprensa entrevistam Percival Margato Junior, presidente da Abrange Logística.
Jornalistas: O mercado dos operadores logísticos no Brasil está aquecido, mesmo com sinais de uma desaceleração em 2008 e 2009, período forte da crise mundial. Quais são as projeções para a Abrange em 2011?
Percival Margato Jr.: Se o ritmo atual se manter, projetamos um crescimento em torno de 30% para 2011. Vale dizer, que nesses últimos 2 anos investimos fortemente em nossa infraestrutura, estabelecendo novas práticas de gestão e consolidando nossa atuação em 14 estados brasileiros. Investimos enquanto muitos desistiram de ir adiante.
Jornalistas: Esse crescimento contínuo, até em momentos desfavoráveis, poderia ser atribuído a quais fatores?
Percival Margato Jr.: Somos uma empresa empreendedora. Está no DNA de todos na empresa. Buscamos o crescimento insaciavelmente. Estamos no mercado há 25 anos, quando este descobriu a importância dos serviços de logística no início dos anos 90, nós já estávamos lá. Investimos constantemente em nosso modelo de competências e conhecimentos para desenvolvermos nossas atividades, buscando com isso atender nossos clientes com eficiência e qualidade superior.
Jornalistas: Nesses 20 anos, o que mudou no mercado de operadores logísticos no Brasil?
Percival Margato Jr: Nos anos 90, com a abertura do mercado, houve uma onda de operadores logísticos internacionais vindo para o Brasil. Esses operadores geraram grandes expectativas nos embarcadores brasileiros e, rapidamente cresceram tomando o seu espaço. Prometiam dominar o mercado, mas isso não aconteceu como esperavam, pois a realidade do Brasil, infra estrutura, recursos humanos, era bem diferente das quais eles estavam acostumados. Cabe as empresas brasileiras o seu domínio e, estas se mostraram a altura, fazendo frente a nova concorrência que se instalava no Brasil. As multinacionais aqui baseadas com muito capital não cresceram como planejaram, deixando espaço para os operadores nacionais, que mesmo com restrições de créditos, souberam se posicionar marcando presença no território nacional. As empresas brasileiras, tomadoras de serviços logísticos, perceberam a dinâmica, agilidade e tempo de resposta muito superior dos operadores nacionais, favorecendo a estes os serviços, pois além da qualidade, eram mais competitivos. Como já atuávamos no mercado, aos poucos, mostramos a contribuição e o benefício que nossa empresa poderia trazer para os negócios dos nossos clientes e potenciais.
Jornalistas: Como é o nível de profissionalização dos operadores logísticos nacionais?
Percival Margato Jr.: Havia no início da década de 90 uma ausência da profissionalização. Apesar de haver bons operadores, eles não tinham padrão de metodologia e os resultados dos trabalhos nem sempre podiam ser medidos, mas o interessante, que isso também acontecia com os operadores internacionais. Um paradoxo. Hoje, é inadmissível para qualquer operador logístico atuar sem metodologia formal e comprovadamente consistente, com profissionais capacitados e soluções diversificadas. Periodicamente, realizamos a Pesquisa de Satisfação dos Clientes para avaliar crítica e estrategicamente o nível de exigência, responsabilidade e comprometimento com os resultados dos trabalhos que estamos entregando aos nossos clientes. Concluímos agora em dezembro nossa pesquisa e fechamos o ano de 2010 com um nível de satisfação dos clientes superior a 90%.
Jornalistas: A logística está em alta no Brasil. Podemos dizer que o mercado está inflado pela atuação das transportadoras no segmento dos operadores logísticos? Isso é bom ou prejudica o mercado?
Percival Margato Jr.: A próxima década será a década da logística no Brasil. O que posso dizer é que todo operador logístico domina os processos da cadeia de supply chain, quer na sua totalidade ou elos da cadeia, mas o inverso não é verdadeiro. As transportadoras tendem a se transformarem em operadores logísticos e estes, em integradores logísticos. Mas, sem duvida, existe uma profusão de empresas despreparadas dos dois lados, que comprometem a atuação de outras, quer sejam operadores ou transportadoras, prejudicando a ambos, inclusive o mercado. Ambos se complementam, pois são atividades altamente especializadas, baseada em metodologias estruturadas e formais, de reconhecida comprovação. Quando o cliente busca a solução para as suas necessidades, ou tem um problema ou desafio a ser encarado. Cabe a empresa de logística, saber se tem capacidade ou vontade de empreender e entregar o serviço. Tudo isso ficará mais fácil se o tomador do serviço estiver na sua maturidade em saber o que quer. Caso o contrário, ambos perderão tempo e dinheiro.
Jornalistas: Então, como as empresas poderão se nortear para contratar um operador logístico?
Percival Margato Jr.: As empresas estão na sua maioria amadurecidas, mais críticas e seletivas quanto ao tipo de empresa que vão contratar. O setor caminha para a especialização, tendo empresas fortemente especializadas em seus nichos. Haverá uma seleção natural, mas em falando-se de Brasil, com todos os seus problemas de infraestrutura, educação, malha logística, crescimento intenso e acelerado, faltarão operadores logísticos em todos os segmentos. Isso não é bom para o mercado, mas também gerará oportunidades que ainda não sonhamos que existam. Com certeza, haverá uma transformação e, crescerão, aquelas empresas que conseguirem encantar seus clientes. Nesse contexto, nós estamos nos esforçando muito para fazer a diferença aos nossos clientes. Costumo dizer, que você conhece um profissional ou empresa, na hora em que surgem os problemas.
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