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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Logística nas catástrofes

O mundo assiste às catástrofes naturais que desafiam governos e setores humanitários, de infraestrutura e de logística integrada a minimizar os impactos devastadores nas vidas dessas pessoas.

Não há nada que nos deixe mais orgulhosos do que ver o poderio logístico atuando no apoio às vítimas de catástrofes. E estamos vendo, cada vez mais, essas operações que envolvem cidades, estados e países numa concentração de pura logística, de feitos indescritíveis tornando aquela mesma logística que se intensificou nas guerras uma ferramenta valiosíssima para o socorro, para a reconstrução das vidas dessas pessoas que, assim como muitos de nós, e justificável, não enxergam a importância de uma logística bem estruturada diante do estarrecimento e do desespero.
E como age essa logística sem estradas, com inundações, tempestades e deslizamentos? Como fazê-la sem pousos de aeronaves, sem meio nenhum de locomoção para distribuir água e alimentos, por exemplo? Ultimamente, devido à devastação de áreas inteiras, a técnica do “inventário pré-posicionamento” (técnica utilizada pela logística humanitária que consiste na seleção de locais para armazenagem) é comprometida e as dificuldades são multiplicadas. Salvar essas vidas é a maior certeza de que Deus é pela Logística e de que o desespero se combate com planejamento também, mesmo nesses eventos inevitáveis.
Vimos o estado da Califórnia se reerguer; vimos o Japão reconstruir aeroportos e estradas em sessenta dias; vimos e estamos vendo o Haiti que, quase quatro anos depois, sofre com os impactos dos seus terremotos e longe, bem longe, de voltar àquela vida já difícil na época. Vimos o Brasil com suas tragédias naturais se arrastar na burocracia ao ponto de perecer as cargas destinadas às vítimas e a rapidez nos desvios de donativos que nunca chegaram para o socorro dessas vidas. Por que tanta diferença? Isso não é só questão de cooperação e de vontade política. Isso é planejamento logístico. São desafios que só percebemos quão grandes quando nos envolvemos diretamente.
Brasil, Estados Unidos, Japão, Haiti e recentemente Filipinas – que sofre com desastres ao longo de sua história – têm suas diferenças geográficas, políticas e econômicas que determinam a eficácia e a eficiência de um plano de ação. Assim, muitas vidas são perdidas não só pelas adversidades, como também, pela falta dessa força logística.
Nessa hora, sim! Entra toda a questão da falta de interesse. Seja da falta de interesse do poder público em educar e formar mentes nesses países para usufruir posterior e oportunamente e a falta de interesse da ONU (Organização das Nações Unidas) que parece não entender que um país rico precisa de um apoio momentâneo enquanto que um país pobre precisa de uma ajuda mais intensa e duradoura, pois a retomada a normalidade se dá de forma bem mais lenta; embora não signifique que seja mais cara do que a ajuda dada ao primeiro. Infelizmente, as formas de fazer política e logística se confundem. Mas a Logística sempre se sobressai.
Até se pode represar um rio, contudo, assim como a Logística, sempre achará um caminho. As necessidades vão se desenhando e as soluções vêm acompanhando. Claro que poder financeiro diz muito nessa hora, mas a criatividade, a persistência e a entrega não têm valor menor.
A Logística está em cada etapa: no auxílio às vítimas com remédios, comida e água; na limpeza e reconstrução e, infelizmente, na lida com os corpos para se evitar epidemias e possibilitar, quando possível, um pouco de dignidade aos que se foram e aos que ficaram para testemunhar a força da natureza e a ação ou omissão do homem.
Marcos Aurélio da Costa 

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