Bem vindo

Bem vindo ao Blog da Abrange! Especialista em desenvolver soluções logísticas sob medida para atender as necessidades dos clientes.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

No “zoológico” da logística, que animal a sua empresa seria?

Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda

Imagine que o mercado de empresas prestadoras de serviços em logística e transportes seja um zoológico. Aliás, um baita zoológico, talvez o maior e com a maior variedade de animais. Afinal, são mais de 27.000 empresas com cinco ou mais veículos, sendo que menos de 900 delas tem 100 ou mais veículos. E ainda existe um seleto grupo de menos de 50 empresas que podemos classificar como Operadores Logísticos consolidados ou em fase de consolidação.

Nesse imenso zoológico, que animal a sua empresa seria?

Logo na entrada do zoológico nos deparamos com o grande e imponente elefante. Lento e pesado, custa caro mantê-lo vivo e em função da sua complexa estrutura, as decisões demoram a ser tomadas. Impressionam pelo tamanho, mas perderam a agilidade e aos poucos também estão perdendo a atenção do público que vai ao zoológico visitá-los. Outrora eram animais rápidos e ágeis, mas com o crescimento ao longo dos anos, se transformaram em elefantes. Essa “involução” deixaria Charles Darwin perplexo. Provavelmente terminem como seus antepassados pré-históricos, os mamutes, que se extinguiram.

E o que falar do rei da selva, o temido leão? Forte e assustador, reina absoluto no zoológico. A satisfação com seu status quo poderá lhe custar a liderança no mundo animal, já que outros animais, não tão grandes e fortes, mas igualmente ágeis e rápidos, continuam avançando em seu processo evolutivo e conquistando importantes pontos junto aos visitantes. Além disso, em muitos casos são mais eficazes que os próprios leões na captura de suas presas.

É o caso do guepardo, o animal mais veloz dentre todos os existentes nesse diversificado zoológico. Esguio e extremamente rápido e ágil, dificilmente ataca sem obter sucesso. Estuda muito antes de tomar uma decisão, e quando decide algo, a execução é rápida. É admirado pelos visitantes pela sua beleza, mas também por sua frieza e serenidade. Convive tranquilamente com erros e acertos.

Ando alguns passos e vejo um urso. Raro de se ver, pois passam a maior parte do tempo em estado de hibernação. Quando acordam, estão famintos e querem resolver tudo rapidamente. Alternam estados de agressividade com a reclusão total.

Um pouco mais a frente encontramos as hienas. Adoram se divertir com a desgraça dos outros e apostam que muitos animais bem sucedidos terão um desastroso fim. Propagam por todos os cantos do zoológico que “A” está à beira da morte ou que “B” passa por problemas sérios de saúde. Vivem de restos e se contentam com as sobras deixadas pelos animais mais poderosos.

Ao lado das hienas, vejo o gato do mato. Nervoso, caminha de um lado para o outro, sem chegar a lugar algum. E fica assim o tempo todo, até recolher-se ao seu aposento.
O barulho e o agito chama a atenção e nos dirigimos aos macacos. Imitam tudo o que os outros fazem. Embora inteligentes, acostumaram-se a espelhar-se nos outros. Em muitos casos pode ser uma estratégia interessante, em outras, uma opção tardia, que poderá lhe custar a sobrevivência.

Continuo minha visita. Sinto um cheiro estranho. Porcos! O que porquinhos fazem nesse zoológico? Até que são bonitinhos e simpáticos, e chamam a atenção dos visitantes. Mas não poderiam estar mais limpinhos e perfumados? E o que falar dos bois e das vacas? Ruminam o dia todo sem parar. Que mesmice e que vidinha chata!

No caminho observamos os avestruzes. Isolados, adoram esconder a cabeça em buracos e não querem saber o que se passa aí fora. Acham que vivem isoladamente no mundo e não se interessam pelos fatos externos. Quando perceberem a dinâmica da vida, já terão se tornado presas fáceis para outros animais.

Ainda na ala das aves, encontramos o pavão. Belo, impávido e colosso, se orgulham de aparecer. A cada novo visitante adoram mostrar sua linda penugem e seus atributos físicos. Se fossem humanos estariam nas revistas de fofocas e nas colunas sociais. Orgulham-se do que mostram para os outros, mas ao analisarmos o pavão em detalhes, não identificamos qualidades que possam diferenciá-los de outros animais do zoológico e que possam garantir a sua sobrevivência.

Quase encerrando o passeio pela seção das aves, vejo a simpática arara azul. Talvez não tão simpáticas, pois gritam demais. Esbravejam por todos os lados e ameaçam a todos, dizendo que vão fazer isso e aquilo, mas no final do dia, recolhem-se em seus ninhos e dormem tranquilamente.

Já quase no portão de saída, quase não percebo o simpático jaboti. A passos muito lentos, se escondem sob uma grande folhagem e ali ficam por vários minutos escondidos. Devagar e sempre, esse é seu lema. Talvez apareça algum animal que os engula, com casco e tudo!

Ao lado deles, leio na placa “jacaré”. Não o vejo, mas sei que está lá. Tem fama de feroz, mas está sempre escondido. Demoram para agir, e quando o fazem, normalmente são fatais.

São tantos animais para visitar nesse interessante zoológico. Mas não terei tempo suficiente. É uma pena, pois tenho muito a aprender com todos eles; todos têm qualidades e pontos a serem desenvolvidos. Todos poderão igualmente sobreviver no zoológico desde que façam algumas correções ao longo de sua existência.

Tenho receio que quando voltar, talvez já não encontre tantos animais. Afinal, o processo evolutivo e de seleção natural não pode ser interrompido! Assim como no mercado de logística e transportes!

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...