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terça-feira, 24 de maio de 2011

Integração entre a cadeia de suprimentos física e financeira: como aumentar o valor*

Hoje, o blog  da Abrange Logística traz um artigo que destaca a integração entre as cadeias de suprimentos física (que foca em atividades como transporte e armazenagem) e financeiro (que foca no fluxo de informações). Confira artigo publicado no portal Logística Descomplicada.

Existem duas cadeias de suprimentos diferentes: a física e a financeira. Não basta melhorar individualmente as cadeias de suprimentos física e financeira, mas é preciso cuidar da interface, da integração entre elas. Além de melhorá-las deve-se integrá-las, pois esta integração permite ganhos econômicos no final.
A cadeia física foca em atividades logísticas como transporte e armazém de forma isolada. Trabalhando estas duas atividades de forma integrada vários benefícios podem surgir tais como: ganho de tempo, redução de custos dos inventários e aumento de atividades conjuntas.

Por outro lado as empresas estão integrando sua cadeia de suprimentos financeira, direcionando o fluxo de informações com softwares específicos. Os ganhos de eficiência geram grande capacidade de monitorar e estimar os recebíveis, a necessidade de capital de giro e conseqüentemente melhorar sua situação financeira.

A proposta é integrar as duas cadeias para agregar valor a cadeia como um todo. Mas muitas ineficiências permanecem, impedindo uma integração total. Uma empresa possui um processamento automático de aquisição de materiais, mas os compradores tem que acessar outros sistemas ou até mesmo realizar offline para realizar os pagamentos. Como conseqüência há um aumento no tempo de conclusão de todos os procedimentos.

Um cliente após decidir por uma compra tem que ainda contatar um banco para solicitar financiamento, alongando também todos os procedimentos decorrentes desta atividade. Os gerentes muitas vezes não têm acesso ao histórico de pagamento do cliente em uma negociação, que de outra maneira poderia facilitar a negociação.

Todos estes e outros problemas ocorrem na interface das duas cadeias. Problemas na área financeira surgem, pagamentos são realizados com cheque, faturas, notas contém discrepância, aumentando seus custos para controlar seus recebíveis.

Os problemas nas interfaces afetam outros indicadores de desempenho tais como giro dos estoques, retorno sobre o investimento, aumenta os custos decorrentes de processos manuais bem como interrompe transações devido a ineficiência.

A integração das cadeias física e financeira reduz custos e ineficiências gerando oportunidades tais como:

- Não há necessidade de introduzir novamente as informações evitando erros de digitação e conseqüentemente atrasos no pagamento (aperto de mão eletrônico), fechado o negócio o banco já programa a ordem de compra;

- O cliente necessitando de financiamento o vendedor pode providenciar através de seu sistema reduzindo o tempo necessário para finalizar a operação;

- Levar a informação certa no local certo, as vendas são planejadas com base em informações sobre o passado do cliente, podendo desta forma negociar descontos, prazos entre outros.

- A automatização e circulação das informações físicas e financeiras por toda a cadeia de suprimentos é fator fundamental para que possa ser explorada essa oportunidade de integração. Com todos os processos integrados:

- Parceiros terão acesso ao produto certo na hora certa;

- Informação estará disponível na Cadeia;

- Todos os envolvidos terão uma visão completa da transação;

- Reduz a incidência de erros;

- Gera base de informação para o gerente.

A integração das cadeias gera aumento da receita do vendedor, os compradores têm maior capacidade de prever e sincronizar entregas. A transação pode ser encerrada no menor espaço de tempo.

Neste contexto pode-se dizer que existe também uma grande oportunidade que as empresas de tecnologia de informação tem de criar e oferecer produtos que viabilizem da melhor maneira possível esta integração.

* Este texto, publicado no portal Logística Descomplicada, é uma análise de Ivan H. Vey e Alceu B. Júnior do artigo de mesmo título de autoria de Wendy Tsung, o qual é sócio da Accenture’s Supply Chain Management Service Line. Esta empresa tem como foco o comércio B2B para o setor financeiro.


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