O termo
bem inservível cada vez mais é utilizado para se referir aos equipamentos,
máquinas, matérias-primas e produtos acabados que, por qualquer razão, deixaram
de ter utilidade e se tornaram itens ou ativos problemáticos.
Toda empresa,
independentemente do ramo de atuação, em algum momento gera ativos deste
gênero, que podem ser tanto itens de estoque quanto bens de produção que tornaram-se
obsoletos para o negócio. Na maioria das vezes, as indústrias não sabem como
lidar com esses itens, que passam a gerar custos em sua estrutura e a
representar prejuízo fiscal, já que comumente são vendidos por valores
inferiores ao seu preço contabilizado.
A destinação desses bens pode envolver
temas delicados, como a estratégia de negócio, por exemplo. Uma empresa que
atualizou uma unidade fabril, não pode simplesmente vender o maquinário antigo,
sob o risco de criar ou fortalecer um concorrente local. Ela acaba, então,
optando em destruir aqueles ativos para não fortalecer a concorrência. Esses
itens inativos precisam ser avaliados sob uma ótica mais criativa. Aquilo que
não tem valor em um determinado mercado pode ser de alto valor em outro.
A boa
notícia é que há oportunidade de transformá-los em receita, além dos
tradicionais leilões e sucateiros – que não pagam o melhor valor pela
mercadoria. Ganha cada vez mais importância no país um modelo alternativo e
mais lucrativo para as empresas, que, assim como no programa “Trato Feito”, do
History Chanel, ajuda a colocar preço e identificar interessados reais, muitas
vezes com novas intenções e olhares sobre os bens, dispostos a investir mais do
que nas oportunidades tradicionais.
Os principais benefícios desse novo modelo
de negócios são: gerir esses ativos inservíveis de modo a reduzir os impactos
fiscais que eles geram para as empresas e proporcionar receita com a
recuperação parcial ou total dos mesmos com a destinação ideal para cada item.
Está na hora de as empresas olharem para os bens obsoletos com outros olhos,
buscando uma oportunidade financeira, conseguindo assim, uma nova receita.
(Portal Log Web/SP – 27/07/2014)
Percival Margato Junior
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